Live Aula 7: https://youtube.com/live/dgIxkosvFwE
Live Aula 8: https://youtube.com/live/jgCbqk438Ao
Live Aula 9: https://youtube.com/live/uBaIcpOp_gs
Live Aula 10: https://youtube.com/live/qCyPtthZ6eM
Live Aula 11: https://youtube.com/live/vi0sQHD22p4
Live Aula 12: https://youtube.com/live/6HeOn4AhMvI
Live Aula 13: https://youtube.com/live/tuEExDv-E4A
Olá! Espero que tenha feito o exercício, indicado no final do capítulo anterior, e agora saiba mais de você mesmo; inclusive agora é possível que entenda mais a respeito de seu comportamento. Se não quis fazer o exercício, insisto que não deixe passar essa valiosa oportunidade, onde poderá ver sua própria personalidade. Faça e retorne à leitura mais tarde. Lembre-se: “Nunca deixemos em branco o que não podemos ver”. Sobretudo estamos seguros que o aproveitamento que terá deste curso, não será apenas lendo, mas também sentindo, e por isso pedimos que se desejar, compartilhe com o grupo.
Como temos comentado até o momento, o poder de sua identidade é enorme, mas, o que aconteceria se não estivesse de acordo com sua própria identidade? Que tal com a identidade de “sou gordo ou gorda”, ou “sou um doente terminal”, ou “sou intrometido”? Nada agradável, não é verdade? Pior ainda se você escrever justificativas para esse tipo de identidade. Permita-me assegurar algo categoricamente: se você disse por exemplo, “sou gordo”, isso NÃO É CERTO!!!, é possível que esteja gordo, mas existe uma abismal diferença entre estar e ser.
Veja, quando começamos nossas afirmações com o verbo “ser” estamos falando de nossa identidade, mas quando usamos o verbo “estar”, apenas estamos descrevendo uma parte de nós, mas isso não é tudo o que somos. Apensar de que esse jogo de palavras possa parecer apenas um acaso semântico ou gramatical, eu lhe asseguro que é algo muito mais transcendente. A força que essas palavras exercem na construção de nossa vida, de nossa própria identidade, é maior do que você imagina. Através da Programação Neurolinguística (P.N.L.), uma nova ciência de desenvolvimento humano, estudamos o poderosíssimo efeito que as palavras têm em nossa conduta, algo que falaremos mais extensamente nos terceiro e quarto capítulos de nosso curso, quando estudaremos a forma como nos comunicamos. Por agora, iniciaremos com um conhecimento a mais: O que é a autoestima e por que é tão importante para o pleno desenvolvimento do ser humano?
A autoestima é a chave mais importante para conseguirmos ter êxito nos diferentes campos de nossa vida. O Dr. Nathaniel Branden é uma verdadeira autoridade nos Estados Unidos, como estudioso e profissional desse tema. Ele define a autoestima como uma experiência pessoal de saber que se está apto para a vida e suas necessidades, e ele inclui a confiança como um dos aspectos fundamentais:
- Confiança é nossa capacidade de pensar e enfrentar os desafios básicos de nossa vida, e….
- Confiança é nosso direito de sermos felizes, o sentimento de sermos dignos, de merecimento, e termos direito a afirmar nossas necessidades e a aproveitar os frutos de nossos esforços.
Dessas afirmações se desprende a grande responsabilidade de conhecermos mais a respeito do tema. No transcorrer da história, isso desafiou muitos psicólogos e profissionais da área, o que contribuiu para a sua compreensão. Falamos de Sigmund Freud, Adler, e mais recentemente William James e Nathaniel Branden. Adianto que atualmente descobriu-se que uma das principais fontes da angústia existencial é quando nos comparamos uns com os outros. A autoestima é um julgamento definitivamente pessoal de dignidade, que se expressa nas atitudes dos homens acerca de si mesmos.
“Amarás a teu próximo como a ti mesmo”
Jesus Cristo
Dinâmica da Autoestima
Analisar como vamos forjando nossa autoestima implica entender que todos viemos de famílias que, em certo grau, são disfuncionais. Não se ofenda, eu também venho de uma família assim. Isso não significa que todos nossos parentes sejam pais alcoólatras, mães solteiras, pais violentos, mães castradoras, não, em absoluto; me refiro a que “a família perfeita” não existe. Sempre se apresentam certos padecimentos neuróticos no núcleo familiar: o transtorno obsessivo-compulsivo, a depressão, delírios de grandeza, etc. Mais ainda, ao sairmos de casa nos deparamos com uma grande quantidade de pessoas; muitas delas também apresentam quadros neuróticos, e inclusive poderíamos encontrar vários psicóticos.
Todas essas pessoas influenciaram de alguma maneira nossa autoestima, para exemplificar, eu recordarei algumas histórias que temos em comum com várias pessoas: uma época em sua vida (no ensino fundamental isso é mais comum) em que sua nota foi “não suficiente” para alguma matéria. Imagina? “NS”. Se pararmos para observar a força que tem esse par de palavras, parece que você praticamente não pode justificar sua existência no planeta. Outro exemplo é quando em alguma ocasião, fomos ridicularizados ou humilhados. Lembra-se de algo assim em sua vida?
Lembre-se quando os apelidos estavam na moda; “cara de pizza”, “bolota”, “frango”, “nariz de cheirar queijo”, etc.
Seguramente você se lembra de mais alguns. Também afetou crescer em famílias onde não haviam regras, ou pior, famílias com normas contraditórias onde se falava aos filhos para sempre falar a verdade, e ao mesmo tempo, toca o telefone em casa e o próprio pai pede a seu filho: -“diga que não estou”. Já imagino o conflito dentro da cabeça do filho, quando na mesmíssima presença do pai, este diz que não está. Creio que o filho poderia dizer: -“já estou ficando louco, estou vendo meu pai, e ao mesmo tempo digo que ele não está”.
Ter vivido situações onde não se tinha contato com a realidade também afeta nossa autoestima, por exemplo, quando vive uma vida econômica e financeira muito superior ao que realmente possuímos, já passou por isso? Em alguma ocasião já gastou mais do que possuía? Bem, essa interessante e estranha dinâmica também influencia nossa autoestima. Famílias onde se viveu debaixo de ameaças, educados com violência e críticas, dizendo aos filhos que são tolos, frouxas, que não sabem fazer nada direito. Pior ainda quando faziam comparações negativas entre irmãos ou um familiar com maior aprovação, gravando em nosso subconsciente a mensagem: “você não consegue, os outros são melhores”, e outras coisas desagradáveis que após tantos anos seguem presentes em nossa vida através do subconsciente.
No entanto, não pense que tudo é negativo; isso é absolutamente o contrário de minha perspectiva de vida. Fatores positivos também influenciaram a dinâmica de nossa autoestima: famílias onde se acreditava em si mesmo, onde nos diziam muitas vezes “você consegue”, onde se viveu dentro de um ambiente de cordialidade, amor e perdão, odne fomos testemunhas de reconciliações, onde tivemos a felicidade de sermos acariciados e chamados por nosso nome. Assim começaram a se configurar os prmeiros elos de uma cadeia que nos ancora a uma identidade.
A autoestima é uma poderosa necessidade humana; poderíamos dizer que é o sistema imunológico da consciência, o que nos fortalece perante qualquer desafio. Me parece importante destacar que um dos maiores erros que podemos cometer é quando nos comparamos com os outros. Fazer isso diminui nossa autoestima, gera ansiedade e sofrimento. Como consequência, muitas pessoas acabam se entregando ao tabagismo, alcoolismo, ao trabalho excessivo, à dependência de outras pessoas, etc., já que com isso sentem que aliviam a ansiedade e o sofrimento; no entanto, esse alívio é falso.
Então, como podemos manter nossa autoestima? Quais seriam os pilares de nossa autoimagem? As colunas que mantêm nossa autoestima são duas: autoeficácia e autodignidade. A primeira se refere à confiança que temos no funcionamento de nossas capacidades mentais como pensar, facilidade para comunicação, para cálculos matemáticos, acúmulo de conhecimentos, etc.; por outro lado, a autodignidade se refere à segurança de meu próprio valor, sendo uma atitude afirmativa para o meu direito de viver e ser feliz. Ao dimensionar a força destes pilares, nossa própria eficácia e dignidade, podemos dizer que se entende a autoestima como uma predisposição a nos experimentarmos como competentes para enfrentar os desafios da vida, e como merecedores da felicidade.
“Se não acreditamos em nós mesmos, nem em nossa capacidade, nem em nossa bondade, o universo é um lugar aterrorizante”
Nathaniel Branden
Existem várias estratégias para incrementarmos nossa autoestima, no entanto, a mais importante de todas elas é “Crer em Si Mesmo”. Veja, estou convencido de que, se várias pessoas com as quais tenho me encontrado e que possuem baixa autoestima, acreditassem em si mesmas quase como acreditam em Deus, experimentariam outra vida. Não tome isso como uma falta de respeito a Deus, ou outra coisa. Não tentamos nos comparar com Ele, não, em absoluto. Mas longe de parecer blasfêmia, estou convencido da necessidade de se acreditar no ser humano quase como se acredita em Deus.
Agora, também estou plenamente consciente de que não basta dizer “creia em você mesmo” como se fosse uma fórmula maravilhosa; isso se compararia a quando um paciente com insônia procura um médico para solucionar o seu problema e este simplesmente lhe diz: -“homem, vá dormir e seu problema termina”. Mais adiante, compartilherei vários conselhos de uso prático que lhe ajudarão a crer mais em si mesmo, mas no momento caberia perguntarmos: Por que precisamos da autoestima? Por uma grande razão: o ser humano, propriamente humano, tem consciência (capacidade de discernir) e responsabilidade, e aqui a autoestima é fundamental porque é a única maneira de mantermos presa por mais tempo a luz de nossa consciência que, para surpresa de muitos, podemos tranformar à vontade. Permita-me explicar melhor.
Quantas vezes você já sabe de antemão que algo que vai fazer não é correto? Ou não o convém, ou vai lhe fazer mal? Muitas vezes não é mesmo? Então, por que faz mesmo assim? Isso acontece porque você mesmo pode apagar a luz de sua consciência à vontade, e ir para a farra com os amigos, enquanto diz à sua esposa que está em uma reunião de negócios. Ou quando vive uma vida baseada na infidelidade, ao mesmo tempo que jura amor e respeito a seu parceiro; ou simplesmente quando passa a tomar parte de um sistema de corrupção, enquanto vai à missa aos domingos. Pois bem, é precisamente aí onde você apaga a luz de sua consciência, que surge sua autoestima para dificultar a tarefa. Quando seu julgamento pessoal o inunda em sua intimidade e começa a lhe questionar: “Tudo bem se eu fizer isso? Bem, ninguém vai notar (e você!!! Por acaso não está notando?), será que serei capaz de beijar outra pessoa depois de de confessar que amo minha esposa? E se eu fugir só um pouquinho? ”
Essas e outras perguntas são originadas em sua própria autoestima, acredite; em sua própria identidade começam a se criar os questionamentos que o impedem de apagar com facilidade a luz de sua consciência. Por isso precisamos da autoestima, para a decisão de pensar ou não pensar, e com isso se entende a grande responsabilidade dos atos livres do ser humano.
Agora, não devemos confundir a autêntica autoestima com a pseudo autoestima, ou falsa autoestima, que é “meu valor por causas alheias a mim”. Lembre-se que a verdadeira autoestima se baseia em você mesmo, não nos bens materiais ao seu redor. A falsa autoestima é quando nos validamos por nosso dinheiro, sobrenomes, por sermos membros de algum clube privado, por popularidade, cartões de crédito, fama, aquisições materiais, cirurgia plástica, conquistas sexuais, pessoas com as quais convivemos socialmente, entre outras coisas.
Eu me lembro de uma ocasião em que saía de uma das conferências que eu havia feito em uma universidade para mulheres, no sul da cidade. Foi um verdadeiro espetáculo. Alí as moças não caminhavam, elas desfilavam, movendo-se ao ritmo das marcas de roupa, conquistas amorosas, tom de voz e forma de falar (muito peculiar, aliás), etc. Eu estava a ponto de entrar em meu carro, quando uma dessas moças, com cerca de 19 anos de idade, chegou perto de mim e perguntou:
-“Desculpe interrompê-lo, mas me surgiu uma dúvida, você tem ‘a couple of minutes’ (alguns minutos)? ”
-“Sim”, eu lhe disse.
-“Quanto calcula que eu valho? ”
Confesso que pensei um pouco e fiz meus cálculos. Lembro-me que respondi algo parecido com isso:
-“Veja, a quantidade exata eu não sei, mas provavelmente lhe sirva o estudo realizado há alguns anos pelo Dr. Donald Foreman, chefe do Depto. de Bioquímica da Universidade de Evanston, que pulverizou um cadáver humano para cotizar seus diferentes componentes, tais como, minerais, carboidratos, lipídios, proteínas, aminoácidos, etc., e num tamanho de 1,70m e 72 kg de peso, segundo as últimas cotações internacionais, seu valor seria em torno de 5.75 dólares. Mas, se você é mais baixa e com peso menor, pode valer em torno de 4 dólares e 50 centavos. ”
Não consegui entender porque ela simplesmente se virou e foi embora.
A autêntica autoestima é uma experiência íntima que habita em você mesmo, e nada no mundo pode ou deve dizer o quanto valemos. Este nível de autoestima nos confere a capacidade e o valor para agirmos e alcançarmos nossas metas, tendo ao final um profundo sentido de orgulho próprio, reconhecendo isso como um prêmio emocional. A autêntica autoestima é uma experiência tão íntima que me permitirei explicá-la melhor com uma história:
Um bom homem que vendia balões, estava caminhando pelo parque numa tarde de verão, tentando vender seus balões. Nessa ocasião levava muitos deles, das mais variadas cores: vermelho, azul, branco, preto, roxo, verde, etc. Depois de caminhar vários minutos, muitas crianças o rodearam querendo comprar um dos seus fantásticos balões, quando, de repente, chegou uma turma de pequenos travessos que, ao empurrá-lo, fizeram com que lhe escapassem das mãos uns três ou quatro balões coloridos. Eles haviam escapado para o céu. O homem olhou para as crianças com um pouco de raiva por haver perdido aquela venda, mas depois de alguns momentos e graças a grande inteligência desse homem, tudo voltou à normalidade e ele seguiu vendendo. O mais curioso é que longe daquela cena, um menino de 8 anos observava tudo: como o homem vendia seus balões, quando chegaram as crianças que o haviam atrapalhado, etc. Esse menino era muito tímido, mas quando o bom homem percebeu que ele estava escondido atrás de uma árvore, chegou perto dele e perguntou:
-“O que está acontecendo? Por que não brinca com as outras crianças?
O menino, que era negro e de cabelos desalinhados, respondeu:
-“Eles não me chamam para brincar. ”
O bom homem lhe disse:
-“Venha, saia daí e eu lhe darei um balão. Gostou da idéia? ”
O pequeno veio rápido, e lhe fez uma pergunta, como que temendo pela resposta:
-“Senhor, agora há pouco eu vi quando voaram os balões coloridos, e eu tenho uma dúvida. O balão negro que tem aí, se o soltar, ele também vai voar? ”
Para a sorte do menino, o homem era uma pessoa com grande qualidade humana, e dessa forma, lhe respondeu com uma grande verdade:
-“Filho meu, aprende que o que faz voar um balão não é sua cor, mas o que ele tem dentro. ”
Essa experiência tão profunda e própria da autêntica autoestima também pode chegar a se manifestar em nosso exterior como uma mera consequência. Uma pessoa com alta autoestima tem um rosto onde se percebe o prazer de estar vivo, serenidade ao falar de problemas e fracassos, uma atitude de comodidade ao dar e receber elogios, abertura ante as críticas, possui uma grande capacidade para manter o bom humor; tem os olhos abertos de forma relaxada e brilhante, com a postura erguida, caminha com decisão e sua voz soa ser modulada. Essas são algumas características que observamos em pessoas com grande autoestima; não são as únicas, mas podem ser as mais frequentes.
“As pessoas gostam dos homens que levam escrito no rosto a segurança do triunfo”
Orison Swett Marden
Provavelmente a estas alturas de nosso estudo deverá ter surgido em você uma pergunta: será bom elevarmos desasiadamente nossa autoestima? Por acaso isso não levaria a nos sentirmos “muito superiores” e petulantes? Posso afirmar categoricamente que não. É profundamente válido e extraordinariamente necessário que nossa autoestima se eleve a dimensões exageradas, a alturas inverossímeis claro, se se trata da autêntica autoestima. Portanto, nunca se devem elevar-se os sentimentos de vanglória e arrogância, que são uma manifestação de uma pobre autoestima.
Também é importante esclarecer que uma pessoa com alta autoestima pode sofrer, pode se sentir desolado, ficar triste, etc., mas, então qual seria a diferença entre uma pessoa que tem esses sentimentos com alta autoestima e outra com autoestima baixa ou nula? Compreenda, essas emoções definem melhor o segundo caso. A enorme diferença é que a pessoa com grande autoestima pode experimentar todos esses problemas emocionais, mas essas mesmas emoções não o seguram, não o definem, não o identificam. Lembre-se sempre, por favor: “Você é maior que seus problemas”.
Fontes da Autoestima
A principal fonte da autoestima é “O Conhecimento”; quem sabe mais, maior autoestima tem. Todo combustível que puder proporcionar à sua inteligência, resultará em maior autoestima. Você já deve ter experimentado. Lembra-se daquela ocasião em que era preciso fazer algo para sair de um problema, e você sabia a solução? Lembra-se quando disse a resposta e todo mundo lhe agradeceu? Como se sentiu? Poderia jurar que a “divina graça” estava muito perto de você. Muito bem, essa é a conexão à qual me refiro quando afirmo que o conhecimento é a principal fonte de autoestima. Quanto mais sabe, mais segurança terá para fazer suas escolhas na vida (ver capítulo 1).
Além do mais, existem fontes diretamente envolvidas em nossa autoestima: a integridade do Ser, a consciência, a vontade de ser eficaz e, muito importante, “o distanciamento estratégico”.
Entenda por distanciamento estratégico a prudente e inteligente distância que deve existir entre você e seus problemas. Insisto em que sempre tenha presente a seguinte frase: “Eu Sou maior que meus problemas”. Inclusive, permita-me recomendar que escreva isso em letras grandes e coloque em um lugar onde possa ler diariamente; um espelho é uma boa opção. Os resultados dessa autosugestão são formidáveis.
A grande meta para a qual quero convidá-lo é a que comece a “pensar independentemente”. Se começar a pensar sem ser influenciado por rumores, pelos vizinhos, por seus amigos, por sua mãe, pelo horóscopo, etc., eu posso lhe garantir de uma maneira sonora e contundente que sua autoestima se elevará como a espuma de uma cerveja. Pode imaginar poder tomar decisões sem consultar o horóscopo todas as manhãs? Imagina poder escolher a cor de suas roupas sem ter que levar em consideração o gosto de sua mãe ou de seu esposo? Imagina poder sair para passear sem ficar com a consciência pesada por não ter avisado a um determinado familiar? Se consegue imaginar já terá dado um grande passo; agora simplesmente faltaria dar. O passo definitivo: iniciar a ação concreta para obter os resultados.
Agora, interessa a você incrementar sua autoestima, melhorar sua qualidade de vida? Experimentar momentos de felicidade? Então tenha sempre em mente o seguinte: “Não subordine a sua consciência aos seus desejos”. Essa é uma verdadeira pedra angular na dinâmica de sua autoestima. Veja, algumas linhas atrás comentávamos acerca de que você sabe bem quando faz algo que o prejudica, não é mesmo? Pois essa é a valiosíssima informação que sua consciência lhe proporciona. Porém, devido ao fato de que você pode apagar a luz de sua consciência à vontade, é possível que queira obedecer a seus desejos; mas quando esses são diametralmente opostos ao que dita sua consciência, então aparece o conflito.
Um conflito interno onde se põe à prova sua integridade, seus valores, suas virtudes, sua dimensão humana, e quando omite sua consciência, subordinando-a a seus desejos, cedo ou tarde surge o arrependimento, seja implícito ou explícito. Essa sensação de amargura subsequente diminui nossa autoestima, prejudica nosso sistema imunológico de consciência, nos identifica plenamente com a auto-sabotagem. É bem possível que já tenha experimentado o resultado disso em mais de uma ocasião, não é verdade? Mas agora que você e eu estamos mais familiarizados, eu lhe pergunto: Você gostou disso? Por acaso sentiu ogulho de suas fraquezas? Não creio.
Porém, a outra face da moeda tem sua recompensa. Como foi quando obedeceu a sua consciência e não deu atenção a seus desejos mais banais? Em outras palavras, como foi quando estava de dieta e não comeu a sobremesa que tanto desejava? É uma sensação heroica, não é mesmo? Quando poderia ter sido infiel mas preferiu voltar para casa e jantar com sua família, se manteve em um nível mais humano do que nunca. Quando, podendo roubar, preferiu guiar-se pela virtude e se negou a participar desse negócio, automaticamente se postulou como um ser humano autêntico, íntegro, digno de sí. Então, essa emoção de triunfo, de êxito, é o que deve lhe acompanhar diariamente. Você decide! Viver à sombra e ocultando-se da luz, ou viver de cabeça erguida, emanando luz a cada passo e emocionando-se por existir.
Recomendações para Incrementar a Autoestima
“Quando fazemos o melhor que podemos, nunca sabemos que milagre se produz em nossa vida ou na vida dos outros”.
Hellen Keller
Com o devido respeito que você me inspira e com a confiança que temos desenvolvido nesses últimos dias, me permito recomendar uma grande estratégia para incrementar sua autoestima: “Aceite-se como você é”. A autoaceitação é a chave desse conceito.
Há alguns anos veio se consultar comigo uma menina cujo sonho era ter um nariz arrebitado. Ela era muito bonita; para mim não parecia que necessitasse de alguma cirurgia plástica, mas quando me disse que todas as noites dormia com uma fita adesiva que ela colocava em volta do nariz, puxando até a parte de trás da cabeça, foi quando eu expliquei porquê havia chegado a um psiquiatra. Aceite-se como você é! Está certo que sempre queremos melhorar, mas isso não implica sofrer por nosso estado atual.
Quando recomendo que se aceite, seja você magro, gordo, pobre, feio, corcunda, com mal hálito, etc., mas claro que pode mudar! Lembre-se que pode mudar sua própria identidade, mas não sofra com seu estado atual. Me lembro quando convidaram um grande mestre meu, para fazer uma conferência em um congresso juvenil, com cerca de dois mil jovens. Ele me disse que a Miss Universo daquele ano (1990) estava sentada à mesa de horna. Por falta de organização e demais circunstâncias próprias a um evento dessa magnitude, foi um problema quando o convidado não conseguiu chegar, para a surpresa dos organizadores. Diante da ansiedade do momento, as câmeras filmando tudo, etc., os organizadores decidiram que a Miss Universo subiria ao púlpito, tomasse a palavra e fizesse um pequeno discurso. Você pode imaginar, essas mulheres são muito bonitas, bonitas de verdade, mas nada mais.
Quando lhe solicitaram umas palavras, ela ficou nervosíssima porque “não havia preparado nada”, e não sabia o que dizer. No entanto, na correria, diante da pressão do público, no súbito do momento, subiu ao púlpito onde proferiu o menor discurso que se ouviu no congresso: -“Jovens, eu só posso dizer-lhes uma coisa: uma pessoa muito bonita, facilmente é usada, dificilmente amada”. Agradeceu e voltou para seu assento. Não se escutava nem uma única voz; o auditório se encontrava impávido diante de tal afirmação (quase como você se encontra agora). Pode imaginar a cena? A mulher mais linda do mundo dizendo isso? É realmente para pensar, mas não creia que por algum motivo eu seja partidário da feiúra, em absoluto, ser feio não é nenhuma virtude.
O que desejo reflexionar é que não devemos apoiar nosso valor apenas em nosso físico. Não pode imaginar a quantidade de pessoas que eu conheci que fizeram uma cirurgia plástica. A imensa maioria vive com uma ansiedade crônica, latente, diante da possibilidade de que “alguém descubra”. Que trágico seria receber um cumprimento como esse quando se faz uma cirurgia plástica: “Olá, é você que está embaixo disso? ” Não quero nem imaginar.
Bem, basta de mensagens alternadas. Apenas quero recomendar 12 estratégias concretas para incrementar sua autoestima na vida prática, as mesmas que mais adiante comentarei:
01- Faça um inventário de suas qualidades pessoais;
02- Arrume-se, vista-se bem não importando a ocasião, sempre é bom, e sobretudo pense que faz isso primeiro por você, porque tem valor;
03- Leia livros positivos e de superação profissional;
04- Assista e escute conferências motivacionais;
05- Faça algo, inicie um projeto;
06- Pertença a um clube de pessoas positivas;
07- Reúna-se com pessoas entusiasmadas;
08- Escreva uma lista de suas vitórias e êxitos passados e leia com frequência;
09- Evite ver filmes de horror, suspense ou violência;
10- Fale em público, faça conferências;
11- Aprenda com o fracasso;
12- FAÇA algo por alguém.
Eu posso afirmar que se você praticar pelo menos cinco destes pontos diariamente, sua qualidade de vida melhorará de maneira extraordinária. Na primeira recomendação realizará um inventário de suas virtudes e qualidades; espero que já tenha iniciado o exercício passado, quando falávamos de sua identidade. É muito fortalecedor conhecer suas qualidades. Além do mais, é muito importante que “independentemente” da ocasião, vista-se bem. Sua imagem fala muito sobre você, e o mais importante é que fala com você mesmo! Essa é a chave. Lembra-se como fica quando desperta de uma noite horrorosa? Lembra-se como se vê quando termina de se arrumar para uma noite maravilhosa? O que prefere? Pois então arrume-se, é saudável até para seus familiares. Não caia no jogo dominical da complacência quando pensa: -“para que vou me arrumar se hoje não vou ver ninguém”. Pense, sua esposa ou esposo não é alguém? Seus filhos não são alguém? Vista-se bem, e até sua família agradecerá.
Ler livros que enriqueçam o espírito é o ponto mais saudável que pode praticar, tal qual o está fazendo agora mesmo. Não é verdade que se sente muito, mas muito bem? Com a mesma intensidade eu recomendo amplissimamente que não leia jornais ou literaturas nesse estilo com muita frequência. É parte de nossa cultura que se espalhem centenas de más notícias nos jornais; eu lhe asseguro que não é tão necessário estar “bem informado, bem neurótico”. Por favor, assista a conferências motivacionais, escolha muito bem o tema, certificando-se de que o orador seja um famoso motivador, caso contrário, corre o risco de que o conferencista só lhe traga lágrimas. Em minha vida tenho visto grandes mudanças em muitas pessoas e tenho fé no extraordinariamente positivo que pode se resultar, ao escutar e vivenciar uma grande conferência motivacional.
Quando alguém inicia algo, quando você empreende certo projeto, sua autoestima se incrementa. Suponho que já tenha vivenciado isso, e não me deixe mentir. A magia que o rodeia e o carisma de líder ao iniciar um sonho. O desafio para que faça. O resutado em sua dinâmica pessoal é surpreendente. Além do mais, trabalhar com alguém otimista e agradável sempre traz um resultado altamente reconfortante. Busque trabalhar com pessoas entusiastas; embora eu lhe advirto que corre o risco de contagiar-se e não sentir nenhuma carga de trabalho. Ampliaremos esse tema no seguinte capítulo ao abordarmos a arte das relações humanas.
Numa ocasião tive a oportunidade de ler a um filósofo que dizia: -“…o ontem como o passado, se volta maravilhosamente presente diante do pensamento humano…”. Essa é uma das maiores faculdades do homem, pode desafiar o tempo e, com sua mente, pode viajar ao passado! Lembrar suas vitórias e alegrias, isso fomentará a confiança necessária para voltar a vivê-las. Se já experimentou uma vez, com mais razão pode repetir essa magnífica vicência porque, lembre-se: “o êxito deixa pistas”. Do mesmo modo, é fundamental que se estamos focando nossa mente em uma Nova Consciência, devemos ficar longe de toda a informação que é prejudicial para o espírito humano. Por favor, não assista a filmes de terror, suspense ou violência. Existem estudos que demonstram que assistir a um filme de terror três vezes seguidas (6 horas de duração contínua), produz dano mental muito similar a ter experimentado na vida real o que se viu na tela. Exerça seu poder de escolha e tome o melhor para seu espírito.
Por outro lado, lhe recomendo falar em público. Todos sentimos a princípio o famoso medo de palco, mas com a prática se pode diminuir até níveis imperceptíveis. Lembre-se que a mãe de toda habilidade é a prática. Note que eu tenho observado que as pessoas com grande autoestima sempre gostam de participar de fóruns; buscam constantemente a oportunidade de falar frente a um auditório e, inclusive, sentem êxtase ao poder comunicar suas ideias com os demais. Mas a dinâmica mais interessante é que se cria um círculo virtuoso; sua autoestima lhe favorece falar em público, e isso por sua vez incrementa sua autoestima. Se sente que se transforma perante a simples ideia de falar em público, eu lhe garanto que chegará um momento em que terá que fazer isso, e se veja obrigado a fazer um discurso; esse é um bom momento para assistir a umas aulas de oratória, fazer parte de um comitê onde se veja obrigado a tomar a palavra, ou simplesmente ser quem se levanta para pronunciar um brinde na próxima refeição. Faça isso! Eu lhe garanto por experiência própria que as conferências são muito mais encorajadoras. Não tenha medo do fracasso; ele somente nos fornece informações muito valiosas nas diferentes opções de melhora que se nos apresentam.
Apreciado companheiro, há chegado o momento em que serei sincero que você. Confesso que não encotrei maior prazer em minha vida do que fazer algo por alguém. Ajudar é o sentido de minha vida, e grande parte da “missão de minha existência”.
Quando você faz algo por alguém, quando sabe que graças a você alguém pode respirar com maior tranquilidade, quando faz mais leve a carga de seu próximo, experimenta a dimensão mais sublime que pode viver um ser humano. De todas as recomendações que sugeri até agora, me atrevo a afirmar categoricamente que esta, quando se ajuda a outra pessoa, quando faz algo por alguém, é a mais valiosa, é onde se vive uma mágica realidade. Insisto que pratique, e logo verá que a distância entre o ideal e o real é verdadeiramente curta. Quando fizer algo pelos demais, sentirá como dois corações chegam a bater em um mesmo corpo; perceberá uma enorme emoção por exixtir, uma paixão transbordante que o levará a realizar coisas, antes inimagináveis; tudo por amor, tudo por ser, por ser plenamente humano.
Lhe convido a que, uma vez incrementado seu próprio potencial, se comprometa a viver a magia que há na vida de relacionamentos, esse caudaloso rio que representa o gênero humano. É um verdadeiro desafio aplicar todos nossos conhecimentos na arte das relações humanas, mas o resultado é um delicioso estímulo com enormes resultados e grandes dividendos.
Permita-me apresentar a você o seguinte capítulo: “A Arte das Relações Humanas”.
JCF
Tradução: Adri Silveira